Higienização das mãos: Saúde do Ceará reforça importância do ato para salvar vidas

3 de maio de 2024 - 12:00

Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto e foto: Fernanda Teles
Vídeo: Diego Sombra
Arte Gráfica: Juliel Veras

Na Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a recomendação de higienização segue as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS)

O simples ato de lavar as mãos pode prevenir a incidência de infecções na população. E dentro das unidades de saúde, esse hábito é ainda mais necessário. O Dia Mundial de Higiene das Mãos, comemorado em 5 de maio, mobiliza pessoas em todo o mundo com o propósito de aumentar a adesão à higienização correta nos serviços de saúde, protegendo assim, tanto pacientes quanto profissionais contra as infecções.

Na Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a recomendação de higienização segue as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS) e inclui a limpeza com preparação alcoólica 70% ou sabonete líquido e água.

A coordenadora de Vigilância Sanitária da Sesa, Dolores Fernandes, reforça que a correta higienização das mãos é um hábito que promove a saúde. “Embora seja aparentemente simples, ele reduz significativamente a transmissão de microrganismos e diminui a incidência de infecções preveníveis, ampliando a segurança de pacientes, profissionais de saúde e da população em geral”, argumenta.

O Plano Estadual de Segurança do Paciente, coordenado pela Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde da Sesa, inclui os seis Protocolos Básicos de Segurança do Paciente, sendo um deles o da higienização das mãos. No Brasil, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) incentiva e coordena a participação de serviços de saúde no projeto da Estratégia Multimodal de Melhoria da Higiene das Mãos da OMS, juntamente com a Comissão Estadual de Prevenção e Controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde em Serviços de Saúde (Ceciras).

“Essa estratégia é composta por cinco etapas, sendo elas a aceitação, o levantamento de informações sobre conhecimento e práticas, intervenção e pós-intervenção com a análise de dados e mudança de comportamento”, explica o coordenador da Comissão Estadual de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde da Sesa, David Araújo. Hospitais da Rede Sesa aderiram à estratégia da OMS.

Infecções

As infecções relacionadas à assistência à saúde estão entre os eventos mais frequentes no cuidado à saúde e são responsáveis por elevada mortalidade e custos. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), nos países em desenvolvimento, elas representam cerca de 25% das internações hospitalares.

Segundo a médica infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecções Hospitalares (SCIH) do Hospital São José, Evelyne Girão, a higiene adequada das mãos é a medida mais eficaz para prevenção dessas infecções, com baixo custo e grande eficácia.

“Uma boa higienização das mãos também é vital na prevenção de quaisquer infecções adquiridas na atenção à saúde, evita a propagação da resistência antimicrobiana e outras ameaças emergentes à saúde”, explica a coordenadora.

Em unidades de saúde, a correta higienização das mãos deve ocorrer em alguns momentos específicos, como antes de tocar o paciente; antes da realização de procedimentos; após o risco de exposição a fluidos corporais; após tocar o paciente; e após tocar superfícies próximas ao paciente.

Confira vídeo com a infectologista Evelyne Girão:

 

Monitoramento

Também é atribuição da Vigilância Sanitária da Saúde do Ceará, o monitoramento e inspeção dos estabelecimentos de saúde para avaliar o cumprimento das boas práticas de higienização das mãos.

De acordo com a coordenadora do Núcleo Estadual de Segurança do Paciente da Sesa, Andreza Rocha, o protocolo aplica-se a todos os serviços de saúde, em todos os níveis de assistência, e a base para a eficiência é a conscientização da importância e execução da técnica correta do procedimento por parte dos profissionais nas unidades. “Caso o protocolo não seja implantado e cumprido, devemos notificar o estabelecimento, exigindo a elaboração de plano de ação, com prazo para corrigir tal falha”, explica.