Dezembro Vermelho: HSJ promove palestra sobre a evolução do cuidado com o HIV/aids
2 de dezembro de 2024 - 11:27
Assessoria de Comunicação do HSJ
Texto e fotos: Bárbara Danthéias
Marcando o início da campanha Dezembro Vermelho, mês de conscientização sobre o HIV, aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o Hospital São José (HSJ) promoveu, em parceria com a Sociedade Cearense de Infectologia (SCI), na tarde desta segunda-feira (2), a palestra “Evolução do cuidado com o HIV/aids”.
Na ocasião, a fisioterapeuta Léa Queiroz e o infectologista Érico Arruda compartilharam suas experiências no acompanhamento de pacientes que vivem com HIV/aids e comentaram sobre as mudanças no tratamento desde 1983, quando o primeiro caso de aids foi diagnosticado no Ceará.
A fisioterapeuta do HSJ, Léa Queiroz, destacou a importância da humanização no atendimento ao paciente. Para ela, o profissional que possui somente habilidades técnicas é facilmente substituível.
“Todo sintoma e qualquer informação é importante para fechar o diagnóstico. Se você precipitadamente chega a uma conclusão, você se precipita a dar um diagnóstico e tratamento errados, e o paciente pode ficar muito inseguro em relação a você. Ou você passa confiança ou seu relacionamento vai ser somente técnico”, frisou.
O infectologista do HSJ, Érico Arruda, abordou as mudanças no tratamento do HIV/aids ao longo dos últimos 40 anos, ressaltando o papel das organizações civis, como o Grupo Girassol, na assistência às pessoas que viviam com HIV/aids.
“Havia alguém que, no dia seguinte, nos reportava o que acontecia à noite. Esse voluntário organizava ainda as demandas do apoio familiar. Esse é um outro lado: a tecnologia era uma força motora, a outra foi a organização civil, reivindicando essas melhorias”, avaliou.
Durante o evento, a infectologista do HSJ, Chris Takeda, lembrou como o Brasil foi um dos primeiros países a compartilhar e transferir tecnologia sobre antirretrovirais. “Isso foi extremamente importante em nível de saúde global”, afirmou.
Já a infectologista do HSJ, Fernanda Remígio, apontou que, no início da pandemia, nem todos os pacientes eram tratados, uma vez que a medicação possuía muitos efeitos colaterais. “Essa indicação de tratar todo mundo independentemente da contagem de CD4 e de ter aids definida ou não, a gente começou aqui. Nós fomos pioneiros”, enfatizou.