Prevenção contra HPV no Ceará.

23 de janeiro de 2014 - 18:06

A partir de 10 de março, o Sistema Único de Saúde (SUS) começa a oferecer a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer de colo do útero. No Ceará, este ano, serão imunizadas mais de 257 mil meninas de 11 a 13 anos.

O Ministério da Saúde vai propor a formação de parcerias entre secretarias estaduais e municipais de saúde e secretarias de educação para que as adolescentes sejam vacinadas nos postos e também em escolas públicas e privadas.

Em 2015 a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos. A meta do Ministério da Saúde é atingir 80% do público-alvo, composto por 5,2 milhões de meninas. A vacina contra HPV garante proteção de 98% contra o câncer de colo do útero.

Ao Ceará, serão enviadas 540,4 mil doses ao longo de 2014. Será utilizada a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero – terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da infecção, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.

O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

O Hospital São José disponibiliza atendimento a pessoas com Infecção pelo HPV (papilomavírus humano) e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis. O tratamento para o papilomavírus humano consiste na destruição das lesões, seja por meio de cauterizações ou pelo uso tópico de substâncias cujo efeito resulta da ativação da imunidade local; em alguns casos pode ser necessária a utilização de medicamentos sistêmicos, com atuação no sistema imunológico, como no caso do Interferon. Os medicamentos tópicos mais utilizados são: ácido tricloroacético, podofilina, podofilotoxina e imiquimod, sendo os três primeiros de ação cáustica e o último com atuação ativando o sistema imune local (pele ou mucosa). Outras modalidades de tratamento incluem a crioterapia, que promove a destruição das lesões através da chamada “terapia com frio” e a remoção das lesões através de cirurgia. Alguns serviços de saúde disponibilizam trata mento das lesões utilizando raios laser.

Durante o tratamento recomenda-se o uso de preservativo em todas as relações, para diminuir as chances de transmissão da infecção.

Saiba sobre as vacinas que devem ser tomadas em cada fase da vida:
http://www.saude.ce.gov.br/index.php/noticias/46259-em-que-idade-tomar-vacinas
para-se-proteger-de-diferentes-doencas-