Mortes por dengue caem 95% mas alerta continua

5 de maio de 2014 - 11:49

A primeira morte por dengue em 2014 foi confirmada pela Secretaria da Saúde do Estado. O caso foi registrado no dia 22 de abril, no município de Maracanaú. Até agora, é o único óbito confirmado das 14 notificações de mortes por suspeita da doença, conforme o boletim epidemiológico divulgado nEsta sexta-feira, 2 de abril. Houve redução de 95% das mortes por dengue em relação a 2013, quando havia a confirmação de 21 óbitos entre janeiro e abril no Estado. Em todo o Brasil, o número de mortes por dengue caiu 87% nos primeiros três meses deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2014, foram confirmados 47 óbitos no páis, já em 2013 foram notificadas 368 mortes por dengue nesses meses.

Apesar da queda significativa de mortes por dengue, a Secretaria da Saúde do Estado alerta que as condições de risco para a transmissão da doença ainda permanecem. Aos primeiros sintomas da doença (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação do Ministério da Saúde é procurar o serviço de saúde mais próximo e não se automedicar. Quem usa remédio por conta própria pode mascarar sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico.

Para diminuir a proliferação do mosquito, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.

O trabalho de prevenção deve ser permanente tanto para os profissionais e gestores da saúde como para a população. Para o controle da doença, os prefeitos e secretários municipais de saúde devem assegurar a continuidade das ações de controle focal do mosquito, casa a casa, pelos agentes de endemias, garantir a supervisão de campo das ações de agentes de endemias e a disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI), realizar mutirão de limpeza urbana, convocando a população para colaborar.

Na área de vigilância e assistência, os municípios devem assegurar a notificação imediata de todos os casos para a vigilância epidemiológica, alertar todos os profissionais do PSF e da rede hospitalar sobre o diagnóstico e tratamento dos casos de dengue, garantir o estoque de medicamentos e material de laboratório que permita o diagnóstico e tratamento precoces e garantir o fluxo de atendimento e referência para pacientes com dengue com sinais de alarme e dengue grave.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou uma mudança na classificação dos casos de dengue, adotada pelo Brasil. O país utiliza agora somente três classificações: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave. De acordo com a nova classificação, uma pessoa que apresente duas ou mais manifestações como dor de cabeça, febre, náusea, vômitos, petéquias (pequenas manchas avermelhadas na pele) ou prova do laço positivas, já pode ser considerada como caso suspeito de dengue.

Os casos de suspeita de dengue com sinais de alarme serão identificados se o paciente, no período de efervescência da febre, apresentar um (ou mais) dos seguintes sintomas: dor abdominal contínua, sangramento das mucosas, acumulação de líquidos, entre outros. Os casos suspeitos de dengue grave serão caracterizados por choque, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos.

No Ceará, de acordo com o boletim epidemiológico da Sesa, foram notificados este ano 5.939 casos de dengue em 126 municípios. Destes, 2.116 casos foram confirmados em 69 municípios. As maiores incidências foram registradas em Fortaleza, com 461 casos, e Tauá, com 421.

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