Depósitos com água devem ser fechados para evitar dengue

20 de fevereiro de 2015 - 18:09

 

Economia e armazenamento de água estão na ordem do dia diante do quadro de chuvas irregulares no Ceará. Acumular água, seja da chuva ou de outras fontes, para o consumo humano e de animais, e para os afazeres domésticos, exige cuidados para evitar a multiplicação do mosquito que transmite a dengue e a febre Chikungunya. Baldes, potes, quartinhas, bacias, camburões e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos, assim como a  caixa d’água, devem ser mantidos limpos e fechados para evitar o risco de proliferação do Aedes aegypti, que deposita os ovos em criadouros com água limpa e parada. Para impedir a desova, é fundamental eliminar todos os potenciais focos do mosquito transmissor. Se isso não for possível, é necessário que todos os locais de armazenamento de água sejam mantidos bem fechados e protegidos com telas e tampas adequadas. É importante ressaltar que o tratamento da água não substitui a necessidade de remoção e proteção dos potenciais criadouros do Aeds aegypti.

Os ovos da fêmea do mosquito são depositados nas paredes do criadouro, bem próximo à superfície da água, porém não diretamente sobre o líquido. Daí a importância de lavar, com escova ou palha de aço, as paredes dos recipientes que não podem ser eliminados, onde o ovo pode permanecer grudado. Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana. Assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido. Além desse cuidado, é preciso evitar que água de chuva se acumule sobre a laje, guardar garrafas sempre de cabeça para baixo, encher até a borda os pratinhos dos vasos de planta, eliminar adequadamente o lixo que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas, copos descartáveis e até cascas de ovos.

Fumacê

Para auxiliar no controle da dengue, a Secretaria da Saúde do Estado inicia nesta segunda-feira, 23 de fevereiro, a segunda fase da operação de pulverização espacial UBV pesado (fumacê) em 21 municípios. Como foi feito antes do Carnaval, serão utilizados dez equipamentos Ultra-Baixo Volume (UBV) pesado acoplado em veículos e duas equipes de UBV portátil (costal motorizado) para cobrir um total de 7.739 quarteirões, até o dia 28. Em Fortaleza serão cumpridos oito itinerários em oito bairros.  Cais do Porto, Jacarecanga, Mucuripe, Praia de Iracema, Praia do Futuro I, Praia do Futuro II, Meireles, Varjota e Vicente Pinzon. Na capital serão cobertos 1.240 quarteirões. A orientação aos moradores é para que abram às janelas durante a passagem do fumacê para que o inseticida possa agir e eliminar os mosquitos adultos.

Além de Fortaleza, a operação vai percorrer os municípios de Aquiraz, Pindoretama, Aracati, Itaiçaba, Icapuí, Fortim, Beberibe, Cascavel, Jijoca de Jericoacoara, Acaraú, Itarema, Cruz, Amontada, Itapipoca, Trairi, Paraipaba, Paracuru, São Gonçalo do Amarante, Caucaia e Camocim, com cobertura de fumacê nas sedes dos municípios e praias do Litoral Leste e Litoral Oeste. O fumacê, nome popular para a Pulverização espacial UBV, é um procedimento que consiste na liberação via aérea de gases, que agem, por contato, atingindo os mosquitos adultos em voo. Cerca de 90% dos focos do Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, são encontrados dentro de casa.

Foram notificados este ano 2.262 casos suspeitos de dengue em 91 municípios do Estado. Conforme o boletim epidemiológico divulgado na sexta-feira, 13 de fevereiro, foram confirmados 344 casos em 37 municípios. Com relação aos casos graves, foram confirmados nove casos de Dengue com Sinais de Alarme em sete municípios.

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