Número de casos de meningite até maio é o mesmo em dois anos

3 de junho de 2015 - 18:35

Mesmo número de casos e um óbito a menos. Esse é o comportamento da doença meningocócica no Ceará até maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2014 foram registrados até o mês de maio 11 casos de doença meningocócica com três óbitos, sendo dois pacientes de Fortaleza internados no Hospital Regional Unimed e no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e um paciente de Horizonte internado no Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ). Este ano, o mesmo número de casos foi registrado até o mês de maio, com um óbito em abril de paciente de Itaitinga internado no HSJ e um óbito em maio de paciente também de Itaitinga, internado no Frotinha de Messejana. Não ocorreram mais mortes por doença meningocócica em 2014. Em todo o ano passado foram registrados mais quatro casos, um no mês de junho e os três últimos no mês de agosto.

A meningite é considerada uma doença endêmica no Ceará e no Brasil. Casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais no verão, segundo o Ministério da Saúde. No Ceará, o primeiro caso confirmado de doença meningocócica ocorreu em 1980. O maior pico de transmissão da doença ocorreu no ano de 1994. Após essa epidemia, a redução do número de casos se mantém de forma sustentada, com picos nos anos de 1996, 2000, 2004, 2008, 2011 e 2012. No ano passado, dos 15 casos confirmados, nove ocorreram em Fortaleza e seis no interior do Estado. Este ano, até maio, a distribuição se inverte, com dois casos em Fortaleza e nove no interior.

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos. As meningites bacterianas e virais são as mais preocupantes, do ponto de vista da saúde pública, devido a capacidade de ocasionar surtos, e no caso da meningite bacteriana, a gravidade dos casos. A meningite meningocócica é causada por bactéria. Além de causar doenças, o meningococo é encontrado (sem causar doença) no nariz e na garganta de 10% a 25% da população. Quem carrega a bactéria nessas regiões é chamado portador assintomático. A maioria dos portadores não adoece, mas pode transmitir essa infecção potencialmente fatal a outras pessoas através de secreções respiratórias, da saliva expelida ao tossir e espirrar, ou outras formas de contato próximo.

Os principais sinais e sintomas da meningite são febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele. Após a avaliação médica e análise preliminar de amostras clínicas, o paciente fica internado e recebe tratamento de acordo com o agente etiológico. No caso de meningite bacteriana, o tratamento é realizado com antibióticos específicos. Existem medidas de prevenção primária, tais como vacinas e quimioprofilaxia. As vacinas estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. Outras formas de prevenção incluem evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e limpos.

Casos de doença meningocócica mês a mês

Ano/mês

janeiro

fevereiro

março

abril

maio

junho

julho

agosto

TOTAL

2014

3

2

1

2

3

1

0

3

15

2015

0

0

2

7

2

11

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