Sesa participa do Congresso de Medicina Tropical

12 de junho de 2015 - 21:13

Cerca de 2,5 mil pessoas participarão em Fortaleza do 51º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que será realizado no Centro de Eventos do Ceará, de 14 a 17 de junho. A solenidade de abertura acontecerá às 18h30min deste domingo, no Auditório Carnaúba. A Secretaria da Saúde do Estado marcará presença no MedTrop 2015 com um estande no 2º pavimento – Oeste e apresentação de 26 banners inscritos por seus técnicos que tratam de pesquisas sobre vetores e doenças como dengue, raiva, Chagas, esquistossomose, leishmaniose visceral, tracoma e febre maculosa. Com o tema “Doenças Tropicais: do ensino e pesquisa aos serviços de saúde“, o MedTrop 2015 pretende discutir os métodos mais adequados para o combate às doenças tropicais a partir das diferentes necessidades no Brasil.

Segundo o infectologista Ivo Castelo Branco Coelho, presidente do Congresso, o período de vacinação contra a gripe foi um dos exemplos apontados pelo médico como uma das estratégias de controle que deve ser discutida. No país, as doses são aplicadas antes do inverno. No entanto, no Nordeste, o período das chuvas começa em março e vai até junho. “A campanha de vacinação começa no mês de abril, quando estamos em pleno inverno nosso. Quer dizer, muitos nordestinos gripam depois que tomam a vacina”, observa. Para o médico, outras alterações são necessárias também nas estratégias de combate à dengue. No Sudeste, exemplifica, com o intuito de evitar a proliferação de ovos do mosquito Aedes aegypti, pode-se pedir à população que não armazene a água da chuva. “Mas, no Nordeste, onde chove poucas vezes no ano, é um sacrilégio dizer isso”, compara.

O biólogo Luciano Pamplona, presidente da Comissão Científica do Congresso, argumenta que o comportamento das doenças, e de seus vetores, apresenta diferenças importantes e que precisam ser debatidas. “Discutiremos, por exemplo, como proceder para que doenças negligenciadas como a Melioidose passem a fazer parte da rotina de suspeição clínica em todas as regiões do País”, antecipa. Ivo Castelo Branco ressalta que as estratégias de controle de doenças precisam focar os diversos públicos – adolescentes, adultos e idosos – especialmente em relação às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Conforme o infectologista, o MedTrop 2015 objetiva apresentar e discutir os mais variados aspectos da Medicina Tropical, desde o ensino, passando pela pesquisa e chegando à assistência.

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