Cuidados com o mosquito devem ser maiores até junho

5 de maio de 2016 - 16:41

A instabilidade climática no Ceará fez a maior proliferação do mosquito Aedes aegypti se deslocar dos meses de março e abril para maio e junho. Enquanto em 2011 o maior número de casos de dengue em todo o ano ocorreu entre março e abril, em 2014 e 2015 a maior incidência da doença foi verificada entre maio e junho. Este ano, a tendência deve se confirmar, com a maior proliferação do mosquito no período iniciado em maio, com uma preocupação ainda maior, além da dengue, a presença da febre chikungunya e da zika, doenças também transmitidas pelo mosquito.

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A ocorrência do Aedes aegypti é mais comum em áreas urbanas e a infestação é mais intensa em regiões com alta densidade populacional, onde as fêmeas têm mais oportunidades para alimentação e dispõem de mais criadouros para desovar. A infestação do mosquito é sempre mais intensa com a elevação da temperatura e da intensificação de chuvas – fatores que propiciam a eclosão de ovos do mosquito. Para evitar esta situação, é preciso adotar medidas permanentes para o controle do vetor, durante todo o ano, a partir de ações preventivas de eliminação de focos do mosquito. Como o Aedes aegypti tem hábitos domésticos, essa ação depende sobretudo do empenho da população.

Dos 184 municípios do Ceará, 179 têm notificação de casos suspeitos de dengue e 118 com casos confirmados da doença. Nos meses de maio e junho, quando a proliferação do mosquito é maior, como tem ocorrido nos anos anteriores, a população deve redobrar os cuidados para prevenir a infecção por dengue, febre chikungunya e o vírus zika tanto dentro de casa, como nos quintais, calçadas e jardins. É importante também nunca jogar lixo nas praças, ruas e lagos.

Os cuidados que cada um deve ter são simples, como fazer a faxina uma vez por semana, manter caixa d’água bem lavada e tampada. O banheiro deve ter ralo nos esgotos e o sanitário sempre fechado. Na varanda, todo cuidado é pouco com as calhas, que devem ser mantidas limpas, livres das folhas de plantas e quaisquer sujeiras que podem facilitar o acúmulo de água. Se tiver vasilhas de alimentação dos cachorros não só trocar a água como lavá-las bem com sabão e esponja. Na cozinha, a bandeja do gelágua pode acumular água. É necessário mantê-la limpa e seca.

No jardim nada de cultivar plantas em jarros com água. Nos pratinhos é necessário colocar areia. No quintal, durante a faxina é preciso coletar tampas de refrigerantes, latinhas de margarina, cascas de ovos. Não esquecer dos pneus, que devem ser mantidos em locais cobertos para evitar acúmulo de água. O saco de lixo tem que estar amarrado e só deve ser colocado na calçada nos dias em que os carros da coleta domiciliar passam na rua. Na calçada, ficar atento a copos e garrafas descartáveis e outros objetos que podem servir de criadouros para o mosquito Aedes aegypti.

Para impedir a proliferação do mosquito, é fundamental eliminar todos os potenciais focos de água parada. Se isso não for possível, é necessário que todos os locais de armazenamento de água sejam mantidos bem fechados e protegidos com telas e tampas adequadas. É importante ressaltar que o tratamento da água não substitui a necessidade de remoção e proteção dos potenciais criadouros do Aedes aegypti. Baldes, potes, quartinhas, bacias, camburões e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos devem ser mantidos limpos e fechados para evitar o risco de proliferação do mosquito.

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