É preciso redobrar cuidados com o mosquito ao acumular água

17 de agosto de 2016 - 20:44

Com cinco anos de chuvas abaixo da média, o Ceará convive com a escassez de água, realidade que leva as pessoas a acumularem água para as necessidades do dia a dia. É bastante comum na maioria dos municípios ver água acumulada dentro das casas, nos   quintais e varandas em baldes, bacias, potes e até em garrafas de água mineral. Muitas vezes, sem os devidos cuidados com o mosquito Aedes aegypti.

Não basta só colocar uma tampa ou um pano cobrindo os depósitos. É necessário tampar bem, deixar vedados, impedindo qualquer acesso para o Aedes aegypti entrar e por os ovos, que no primeiro contato com a água vão virar larvas, pupas e depois de adulto saem por aí picando,com o poder de transmitir, além da dengue, mais duas doenças, a febre chikungunya e a zika. A zika pode causar microcefalia.

A orientação da Secretaria da Saúde do Estado é clara: não desperdiçar água é fundamental, aprendendo a economizar e a conviver com menos água e acrescentando a tudo isso os cuidados para não ajudar na criação do Aedes aegypti. Ninguém deve deixar o mosquito nascer porque depois que nascem fica mais difícil combatê-los. Os números da dengue e chikungunya mostram como o mosquito é danoso à saúde da população.  Este ano, de janeiro a 6 de agosto, foram confirmados 23.351 casos de dengue. É verdade que esse número é 41,5% menor do que no mesmo período do ano passado, quando foram confirmados 39.930 casos, mas vieram os casos de chikungunya, causada pela picada do mesmo mosquito.

Este ano, até o dia 13 de agosto, 18.1403 casos de chikungunya foram confirmados em diferentes municípios. Ou seja, muita gente sofreu e ainda sofre com fortes dores nas articulações, um dos principais sintomas e sinais da doença, que demoram a passar. Duram até dois anos e em alguns casos as dores e incômodos permanecem por até cinco anos, principalmente em pessoas com mais de 60 anos ou que têm doenças crônicas. Ao contrário do que inicialmente foi atribuído à chikungunya, logo no surgimento dos primeiros casos, como doença que apenas maltrata, com fortes e duradouros dores, ela mata. Este ano, seis óbitos foram confirmados, sendo quatro em Fortaleza, 1 em Quixadá e 1 em Crateús.

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