Ceará capacitará 466 médicos no manejo de arboviroses

30 de maio de 2017 - 11:39

Até o dia 4 de julho, a Secretaria da Saúde do Ceará capacitará 466 médicos da atenção primárias e hospitais dos municípios no manejo clínico de pacientes com dengue, chikungunya e zika. A Capacitação no Manejo Clínico das Arboviroses começa nesta terça-feira, 30 de maio, a partir das 13 horas, no Auditório Waldir Arcoverde, com duas turmas de 50 médicos indicados pela Prefeitura de Fortaleza. No dia 6 de junho, começam as oficinas macrorregionais, com duas vagas para médicos indicados por município para a capacitação. A primeira oficina macrorregional acontecerá também no Auditório Waldir Arcoverde, das 13 às 17 horas, seguida das oficinas das Macrorregiões Litoral Leste (13 de junho), Sobral (20 de junho), Cariri (27 de junho), e Sertão Central (4 de julho).
 
Arboviroses são as doenças causadas pelos arbovírus, que incluem os vírus da dengue, da febre chikungunya, da zika e da febre amarela. A classificação arbovírus engloba todos aqueles transmitidos por artrópodes, classificação de insetos e aracnídeos como mosquitos, carrapatos e aranhas. A cada ano, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo são infectadas e mais de um milhão morrem por doenças transmitidas por mosquitos, moscas, carrapatos e outros vetores. São doenças que não passam diretamente de uma pessoa para outra, transmitidas geralmente por insetos, responsáveis pela veiculação biológica de parasitas e microrganismos ao homem e animais domésticos. No Brasil, inúmeras doenças são transmitidas por vetores, com destaque para dengue, malária, doença de Chagas e leishmaniose.
 
Insetos e outros artrópodes são vetores de agentes causadores de doenças para a espécie humana, como vermes, protozoários, bactérias e vírus. Um exemplo é o Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, chikungunya e zika. Mudanças ambientais, aumento substantivo de viagens e do comércio internacional, mudanças nas práticas agrícolas e uma rápida urbanização não planejada estão causando aumento no número e na disseminação de muitos vetores em todo o mundo e tornando novos grupos de pessoas vulneráveis.
 
Um total de 130 municípios cearenses recebeu cartas de alerta da Secretaria da Saúde do Ceará sobre risco de epidemia em relação às arboviroses, dos quais 86 (66,1%) encaminharam plano emergencial para combate ao mosquito. A atualização do Plano Estadual de Vigilância e Controle das Arboviroses 2017-2018, realizada pela Secretaria da Saúde, define responsabilidades dos níveis estadual, regional e municipal quanto às ações de vigilância epidemiológica, vigilância laboratorial e controle vetorial de dengue, zika e chikungunya. A Secretaria também monitora os municípios com maiores índices de infestação pelo mosquito e de incidência de casos de arboviroses no Ceará. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado no dia 26 de maio, o Ceará confirmou, até a semana epidemiológica 21 (terceira semana de maio), 9.047 casos de dengue, com 3 óbitos, 31.482 casos de chikungunya, com 14 óbitos, e 144 casos de zika.
 

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